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Carta do IV Encontro Nacional de Católicos LGBTQIAPN+ à Igreja, a organizações sociais, organismos governamentais e a toda sociedade brasileira

Os participantes do IV Encontro Nacional de Católicos LGBTQIAPN+, que reúne membros da Rede Nacional de Católicos LGBT+, reunidos de 12 a 15 de outubro de 2023, em Fortaleza (CE), elaboraram a “Carta do IV Encontro Nacional de Católicos LGBTQIAPN+ à Igreja, a organizações sociais, organismos governamentais e a toda sociedade brasileira”.

O evento contou com membros de 17 grupos e núcleos do Brasil formados por cristãos leigos e leigas que desenvolvem ações pastorais para garantir a cidadania de pessoas LGBTQIAPN+ na Igreja e na sociedade e teve com o lema “Diversidade e unidade: por um novo céu e uma nova terra” e inspiração bíblica “Eis que faço nova todas as coisas”(AP 21,5).

O documento diante do ponto de vista social e político chama a atenção para os graves problemas e ameaças de retrocessos na caminhada da população LGBTQIAPN+, com a atuação de grupos fundamentalistas de base cristã no Parlamento brasileiro que buscam, não apenas impedir a extensão de nossos direitos, como ainda retirar os já conquistados.

O texto traz como exemplo a aprovação na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, do projeto de lei inconstitucional que tem como objetivo proibir a união civil de pessoas do mesmo gênero no Brasil. “Um retrocesso sem precedentes em nossa luta por cidadania plena e que mostra como os nossos direitos podem ser liquidados a qualquer momento”.

Segundo o documento, “Unimos forças a outras organizações, redes e movimentos, religiosos ou não religiosos, que atuam pela cidadania plena das pessoas LGBTQIAPN+ para impedir retrocessos e trabalhar por transformações sociais, culturais e políticas. Somamos nossos esforços também na luta pela dignidade e cidadania de outras populações oprimidas e discriminadas, como as mulheres, pessoas negras, povos originários e tradicionais, população de rua, pessoas com deficiência, migrantes e refugiadas. Entendemos que não há hierarquia de opressão e a justiça social só será alcançada com a nossa comunhão”.

Veja, abaixo, a mensagem na íntegra:

https://drive.google.com/file/d/1U5ZOU0ULJDGPQTKRULJrrjIsds0O-zRq/view?usp=sharing